quarta-feira, 28 de abril de 2010

Seminário do Iser Assessoria debate a vitalidade das CEBs

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[Publicado no site da CNBB - Sex, 09 de Abril de 2010 17:34]
http://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/laicato/setor-cebs/2908-seminario-debate-a-vitalidade-de-cebs-na-igreja-do-brasil


Aconteceu em Petrópolis (RJ), entre os dias 8 e 9, na Vila Santo Inácio, um seminário de estudos sobre a presença das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na Igreja do Brasil. A vitalidade das CEBs na Igreja foi o principal objetivo do seminário.
Para o responsável pelo setor de Pastoral do ISER Assessoria e um dos coordenadores do evento, Francisco Orofino, o seminário tinha dois objetivos básicos. O primeiro era fazer uma reflexão sobre o atual momento das CEBs, produzindo algum subsídio em vista da próxima Assembléia Geral da CNBB, que acontece entre os dias 4 e 10 e maio, na qual as CEBs serão tema prioritário. Em segundo lugar, a Conferência de Aparecida trouxe novamente as Comunidades de Base para a pauta do dia da Igreja no Brasil e da América Latina. “Este seminário procura dar uma resposta a este desafio, repensando e propondo as CEBs como ‘Igreja na Base”’, disse Orofino.
O primeiro dia dedicado aos “cenários” das CEBs no Brasil. Foi apontada a mudança de horizonte cultural: “Se no passado as CEBs tinham uma preocupação eminentemente de militância política, hoje as CEBs precisam caminhar no enfrentamento de uma cultura dominante neoliberal, individualista, consumista, em um contexto sócio-político-econômico muito diferente do início das CEBs”, foi frisado durante o Seminário.
Para o bispo de Valença (RJ) e responsável das CEBs do Regional Leste 1 da CNBB (Rio de Janeiro) dom Elias Manning, foi feliz a escolha pelo Conselho Permanente da CNBB das CEBs como tema prioritário da próxima Assembleia, porque o próprio Jesus quis iniciar sua missão formando uma “comunidade de base” com os seus 12 apóstolos. “Nós precisamos valorizar as experiências das comunidades de base, das pequenas comunidades, porque nas grandes paróquias não há conhecimento mútuo entre os fiéis. As pessoas se sentam uma ao lado da outra, mas não se conhecem e, assim, fica difícil viver o Evangelho”.
De acordo com o bispo, ao trazer este tema para a Assembleia, a CNBB retoma a autêntica vivência cristã. “Não é novidade nenhuma de que esta experiência vem desde o tempo de Jesus”. Para ele, a importância deste seminário está no fato de debater a realidade das CEBs e mostrar que elas não acabaram, mas que mudaram seu feitio. “Não é caso de morte, mas uma adaptação para este época, para novas realidades”, afirmou dom Elias.
No segundo dia foram discutidas as perspectivas das CEBs onde se percebe que, antes de qualquer coisa, a “Igreja é comunidade” e que muitas outras experiências estão surgindo no Brasil dando um novo rosto a elas.
O ISER Assessoria pretende dar outros passos após este Seminário: a produção de um relatório deste seminário e a continuação de um programa de pesquisas sobre a presença das CEBs na Igreja do Brasil.
O seminário contou com a presença do bispo de Valença e responsável pelas CEBs no regional Leste 1, dom Elias Manning; do assessor do Setor CEBs da CNBB, professor Sérgio Coutinho; e de mais outras 20 pessoas, entre elas, membros da Ampliada Nacional das CEBs, dos assessores nacionais: professora Tereza Cavalcanti e padre Benedito Ferraro, além de outros assessores que acompanham há muitos anos a caminhada das CEBs no Brasil.

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