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No dia 12 de junho de 2010 aconteceu em Macaé, RJ, o II Fórum de Fé e Política, no colégio estadual Télio Barreto, onde o ambiente estava preparado e enfeitado. O tema escolhido foi “Espiritualidade, ética e participação na construção da vida”.
O acolhimento foi destaque. No credenciamento, os 80 participantes receberam camiseta e bolsa personalizada. A seguir, foi oferecido um precioso café da manhã.
Iniciamos as atividades com cantos e a mística. Pastor Salvador motivou o início do encontro trazendo a memória de Amós, o profeta dos excluídos. Amós era uma pessoa simples, chegava a ser rude. Só que trazia uma mensagem forte. Suas palavras eram graves, cortantes. Por isso seu “ministério” foi bastante curto.
O tema do livro de Amós é a justiça social. Amós profere sua mensagem no tempo do rei Jeroboão que tinha colocado em prática uma política expansionista muito bem sucedida. Seu êxito econômico e político excluía o povo pobre.
Também nós somos uma nação rica, com um povo pobre, levado no cabresto. Amós denuncia muitas coisas. Seu conceito de justiça é diferente daquele que aprendemos nas escolas. Para Amós justiça não é “dar a cada um o que é seu”. Amós entende que Justiça é “dar a cada um o necessário” para uma vida digna.
Somos um país com tantos Códigos, Estatutos e instrumentos legais diversos. Mas será que o direito, neste Estado de Direito, é o direito de todas as pessoas?
Amós critica Amasias que se parece muito com a classe sacerdotal atual, pastores e padres. Desculpem-me se falo assim, generalizando. Vivemos num país de católicos e evangélicos. Todo dia tem missa e culto, padres e pastores pregando na TV. E são tantos os bispos, pastores, pregadores, mas onde está a voz profética de Amós nos nossos dias?
Num segundo momento, houve a dinâmica do feijão. Cada participando recebeu um feijão estilizado, com o nome de um mártir das lutas populares da América Latina. Da dinâmica os participantes foram para o trabalho em grupos. Cada grupo recebeu um texto motivador e tinha uma pessoa para assessorar. Eram quatro grupos:
1. Espiritualidade no Cuidar da vida
2. Eleições e Ética na Política
3. Participação e Acompanhamento
4. A questão da terra e Plebiscito
Depois do plenário, no momento chamado “digerindo idéias”, Névio destacou alguns pontos.
O trabalho de reflexão e partilha em grupos é muito importante. Ali nos encontramos com diversas pessoas para conversar e trocar experiências. Descobrimos que não estamos sozinhos na luta. Muita gente boa caminhando conosco. É importante ter presente que as grandes transformações são semeadas de grão em grão, como o feijão que vocês trouxeram para a discussão deste Fórum.
Temos muitas lutas e atividades acontecendo no país. Não podemos ficar de fora: Eleições, Ficha Limpa, Plebiscito Popular e tantas outras coisas acontecendo.
Diversos organismos da CNBB publicaram a Cartilha Eleições 2010, o chão e o horizonte. O chão que pisamos e a realidade que vivemos. O horizonte que miramos e o Brasil que queremos. É bom termos presente que numa eleição federal, não escolhemos apenas nomes para os cargos vagos. Pelo voto apontamos o projeto de país que queremos construir. Nosso desafio é levar essa reflexão para as bases.
O tema escolhido para o Fórum indica que nos movemos a partir da espiritualidade. Como Igreja, aprendemos com os pobres que Deus também teve um sonho. De seu sonho surgiu a criação, descrita como um jardim. Nós hoje precisamos aprender que o “jardineiro não é maior que o jardim”. No sonho de Deus o jardim é um lugar para todos. Como cristãos, somos portadores do sonho de Deus. Precisamos desenvolver uma espiritualidade ecológica, profética, como Amós.
Este Fórum, na fala dos grupos, nos pede que caminhemos, fazendo cada município o seu caminho.
Na Fila do Povo, que se seguiu, foram destacados diversos assuntos, sobretudo a política do royalties do petróleo. Algumas atividades foram lembradas:
Quarta Cidadã – toda última quarta-feira de cada mês, 19h, na Segunda Igreja Batista, Cajueiros, Macaé, pastor Daniel faz um trabalho bíblico voltado para a construção da cidadania.
Projeto Promovendo a Vida – A paróquia S. Paulo Apóstolo, Macaé, está implantando um projeto como alternativa de renda e inclusão. As bolsas do Fórum foram feitas por esse projeto.
Ato comemorativo do Ficha Limpa – o Fé e Política de Macaé vai dar um destaque público à aprovação do projeto popular. Será dia 23 de junho a partir das 18h.
Plebiscito Popular sobre o Limite da Propriedade da Terra na semana de 01 a 07 de setembro – terminando com o Grito dos Excluídos.
Caravana da Juventude - Nos dias 19 e 20 junho, reunião diversos grupos de jovens para o Lançamento da Caravana, com diversas atividades: bandas, músicas, shows, debates. O objetivo é construir um plano de juventude, tendo em vista a criação do Conselho Municipal de Juventude de Macaé.
No final do evento foi destacado o compromisso. Cada um falou onde deve ser plantada a semente que todos receberam. Começamos o encontro com Amós e terminamos com outro profeta, Isaías 65, 17-25 - “Eu vou criar um novo céu e uma nova terra”. Este momento terminou com a saudação “que Deus possa firmar estes nossos propósitos. Amém”.
O encontro terminou às 13 horas com uma feijoada e a música de um conjunto de chorinho. O Fórum foi animador! Névio registrou.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
Encontro do Movimento Fé e Cidadania de Campos
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Nos dias 29 e 30 de maio de 2010 foi realizado em Campos, RJ, no Colégio João Paulo II das irmãs Missionárias de São José, o Encontro do Movimento Fé e Cidadania, com a participação de 25 pessoas. O número de pessoas inscritas era bem maior, mas muitas não puderam comparecer por causa de outras atividades que aconteceram nessa mesma data. O tema Cidadania e Economias foi escolhido para dar continuidade ao tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica.
Reunidos em torno de um altar preparado no chão, que trazia a recordação da luta pela Reforma Agrária, contra o trabalho escravo, a Rede Fitovida de agroecologia e saúde alternativa, celebramos o encontro de Elias com a viúva de Sarepta, como sinal de uma nova economia que haveremos de construir.
O Encontro serviu também para incluir a cidade de Campos na Rede de Fé e Política do estado do Rio de Janeiro. Para este ano, estão previstos mais dois encontros de formação: Cidadania e Políticas Públicas; O Papel do Leigo na Igreja.
O Movimento Fé e Cidadania surgiu em Campos a cerca de dois anos e vem aos poucos se consolidando, com o apoio do padre José Carlos, redentorista do Santuário e de Juvenal Rocha, da CPT do estado do Rio de Janeiro, que tem um pólo de atuação no município.
Por ocasião do Plebiscito pela reestatização da companhia Vale do Rio Doce, o padre, no final da missa, lançou uma convocação para que os fiéis apoiassem a iniciativa e pediu que algumas pessoas se dispusessem a cuidar da mesa de coleta de assinaturas. Um por um os fiéis se foram embora, deixando o padre sozinho com as folhas de assinatura na mão. O padre concluiu que a culpa não era dos fíéis, mas da Igreja. E a partir daquele episódio começou a articular um grupo de pessoas que depois passou a se chamar Movimento Fé e Cidadania. Iniciaram fazendo diversos encontros de formação bíblica, apoiados por Maria Felisbela, do Cebi-RJ e do Curso do Rio. A organização do Grito dos Excluídos foi a principal atividade desenvolvida no ano passado. Neste ano pretendem organizá-lo novamente.
O Movimento tem três grandes desafios. Há alguns anos atrás, a cidade contava com três sindicatos bastante ativos, petroleiros, bancários e professores, que davam um suporte às demais lutas sociais na cidade. A desmobilização desses sindicatos, para não prejudicar a governabilidade, e a ascensão da família Garotinho na política local – com restaurantes e passagem urbana a um real, subvencionados pelos royalties do petróleo - criam um quadro bastante difícil para a ação política e cidadã.
O Movimento se apóia na militância católica. Mas a linha pastoral da Igreja católica local, com dois bispos, é bastante indefinida. Campos é sede nacional da Igreja tradicionalista do bispo dom Antonio de Castro Mayer (1949-1981) que segue o rito antigo, como os lefevrianos, com forte influência nas elites locais. Frente a essa Igreja, a diocese local tem pouco espaço de manobra.
No campo, onde predomina o latifúndio voltado para a produção de açúcar de cana e nas novas áreas urbanas da indústria do petróleo, o desafio do trabalho escravo é muito grande. Em 2009 o município foi recorde em libertação de trabalhadores submetidos a trabalho degradante.
Diante desse quadro, a emergência de uma articulação de pessoas para colocar a fé a serviço da cidadania, é uma boa-notícia. O grupo está animado.
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Nos dias 29 e 30 de maio de 2010 foi realizado em Campos, RJ, no Colégio João Paulo II das irmãs Missionárias de São José, o Encontro do Movimento Fé e Cidadania, com a participação de 25 pessoas. O número de pessoas inscritas era bem maior, mas muitas não puderam comparecer por causa de outras atividades que aconteceram nessa mesma data. O tema Cidadania e Economias foi escolhido para dar continuidade ao tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica.
Reunidos em torno de um altar preparado no chão, que trazia a recordação da luta pela Reforma Agrária, contra o trabalho escravo, a Rede Fitovida de agroecologia e saúde alternativa, celebramos o encontro de Elias com a viúva de Sarepta, como sinal de uma nova economia que haveremos de construir.
O Encontro serviu também para incluir a cidade de Campos na Rede de Fé e Política do estado do Rio de Janeiro. Para este ano, estão previstos mais dois encontros de formação: Cidadania e Políticas Públicas; O Papel do Leigo na Igreja.
O Movimento Fé e Cidadania surgiu em Campos a cerca de dois anos e vem aos poucos se consolidando, com o apoio do padre José Carlos, redentorista do Santuário e de Juvenal Rocha, da CPT do estado do Rio de Janeiro, que tem um pólo de atuação no município.
Por ocasião do Plebiscito pela reestatização da companhia Vale do Rio Doce, o padre, no final da missa, lançou uma convocação para que os fiéis apoiassem a iniciativa e pediu que algumas pessoas se dispusessem a cuidar da mesa de coleta de assinaturas. Um por um os fiéis se foram embora, deixando o padre sozinho com as folhas de assinatura na mão. O padre concluiu que a culpa não era dos fíéis, mas da Igreja. E a partir daquele episódio começou a articular um grupo de pessoas que depois passou a se chamar Movimento Fé e Cidadania. Iniciaram fazendo diversos encontros de formação bíblica, apoiados por Maria Felisbela, do Cebi-RJ e do Curso do Rio. A organização do Grito dos Excluídos foi a principal atividade desenvolvida no ano passado. Neste ano pretendem organizá-lo novamente.
O Movimento tem três grandes desafios. Há alguns anos atrás, a cidade contava com três sindicatos bastante ativos, petroleiros, bancários e professores, que davam um suporte às demais lutas sociais na cidade. A desmobilização desses sindicatos, para não prejudicar a governabilidade, e a ascensão da família Garotinho na política local – com restaurantes e passagem urbana a um real, subvencionados pelos royalties do petróleo - criam um quadro bastante difícil para a ação política e cidadã.
O Movimento se apóia na militância católica. Mas a linha pastoral da Igreja católica local, com dois bispos, é bastante indefinida. Campos é sede nacional da Igreja tradicionalista do bispo dom Antonio de Castro Mayer (1949-1981) que segue o rito antigo, como os lefevrianos, com forte influência nas elites locais. Frente a essa Igreja, a diocese local tem pouco espaço de manobra.
No campo, onde predomina o latifúndio voltado para a produção de açúcar de cana e nas novas áreas urbanas da indústria do petróleo, o desafio do trabalho escravo é muito grande. Em 2009 o município foi recorde em libertação de trabalhadores submetidos a trabalho degradante.
Diante desse quadro, a emergência de uma articulação de pessoas para colocar a fé a serviço da cidadania, é uma boa-notícia. O grupo está animado.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Seminário do Iser Assessoria debate a vitalidade das CEBs
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[Publicado no site da CNBB - Sex, 09 de Abril de 2010 17:34]
http://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/laicato/setor-cebs/2908-seminario-debate-a-vitalidade-de-cebs-na-igreja-do-brasil
Aconteceu em Petrópolis (RJ), entre os dias 8 e 9, na Vila Santo Inácio, um seminário de estudos sobre a presença das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na Igreja do Brasil. A vitalidade das CEBs na Igreja foi o principal objetivo do seminário.
Para o responsável pelo setor de Pastoral do ISER Assessoria e um dos coordenadores do evento, Francisco Orofino, o seminário tinha dois objetivos básicos. O primeiro era fazer uma reflexão sobre o atual momento das CEBs, produzindo algum subsídio em vista da próxima Assembléia Geral da CNBB, que acontece entre os dias 4 e 10 e maio, na qual as CEBs serão tema prioritário. Em segundo lugar, a Conferência de Aparecida trouxe novamente as Comunidades de Base para a pauta do dia da Igreja no Brasil e da América Latina. “Este seminário procura dar uma resposta a este desafio, repensando e propondo as CEBs como ‘Igreja na Base”’, disse Orofino.
O primeiro dia dedicado aos “cenários” das CEBs no Brasil. Foi apontada a mudança de horizonte cultural: “Se no passado as CEBs tinham uma preocupação eminentemente de militância política, hoje as CEBs precisam caminhar no enfrentamento de uma cultura dominante neoliberal, individualista, consumista, em um contexto sócio-político-econômico muito diferente do início das CEBs”, foi frisado durante o Seminário.
Para o bispo de Valença (RJ) e responsável das CEBs do Regional Leste 1 da CNBB (Rio de Janeiro) dom Elias Manning, foi feliz a escolha pelo Conselho Permanente da CNBB das CEBs como tema prioritário da próxima Assembleia, porque o próprio Jesus quis iniciar sua missão formando uma “comunidade de base” com os seus 12 apóstolos. “Nós precisamos valorizar as experiências das comunidades de base, das pequenas comunidades, porque nas grandes paróquias não há conhecimento mútuo entre os fiéis. As pessoas se sentam uma ao lado da outra, mas não se conhecem e, assim, fica difícil viver o Evangelho”.
De acordo com o bispo, ao trazer este tema para a Assembleia, a CNBB retoma a autêntica vivência cristã. “Não é novidade nenhuma de que esta experiência vem desde o tempo de Jesus”. Para ele, a importância deste seminário está no fato de debater a realidade das CEBs e mostrar que elas não acabaram, mas que mudaram seu feitio. “Não é caso de morte, mas uma adaptação para este época, para novas realidades”, afirmou dom Elias.
No segundo dia foram discutidas as perspectivas das CEBs onde se percebe que, antes de qualquer coisa, a “Igreja é comunidade” e que muitas outras experiências estão surgindo no Brasil dando um novo rosto a elas.
O ISER Assessoria pretende dar outros passos após este Seminário: a produção de um relatório deste seminário e a continuação de um programa de pesquisas sobre a presença das CEBs na Igreja do Brasil.
O seminário contou com a presença do bispo de Valença e responsável pelas CEBs no regional Leste 1, dom Elias Manning; do assessor do Setor CEBs da CNBB, professor Sérgio Coutinho; e de mais outras 20 pessoas, entre elas, membros da Ampliada Nacional das CEBs, dos assessores nacionais: professora Tereza Cavalcanti e padre Benedito Ferraro, além de outros assessores que acompanham há muitos anos a caminhada das CEBs no Brasil.
[Publicado no site da CNBB - Sex, 09 de Abril de 2010 17:34]
http://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/laicato/setor-cebs/2908-seminario-debate-a-vitalidade-de-cebs-na-igreja-do-brasil
Aconteceu em Petrópolis (RJ), entre os dias 8 e 9, na Vila Santo Inácio, um seminário de estudos sobre a presença das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na Igreja do Brasil. A vitalidade das CEBs na Igreja foi o principal objetivo do seminário.
Para o responsável pelo setor de Pastoral do ISER Assessoria e um dos coordenadores do evento, Francisco Orofino, o seminário tinha dois objetivos básicos. O primeiro era fazer uma reflexão sobre o atual momento das CEBs, produzindo algum subsídio em vista da próxima Assembléia Geral da CNBB, que acontece entre os dias 4 e 10 e maio, na qual as CEBs serão tema prioritário. Em segundo lugar, a Conferência de Aparecida trouxe novamente as Comunidades de Base para a pauta do dia da Igreja no Brasil e da América Latina. “Este seminário procura dar uma resposta a este desafio, repensando e propondo as CEBs como ‘Igreja na Base”’, disse Orofino.
O primeiro dia dedicado aos “cenários” das CEBs no Brasil. Foi apontada a mudança de horizonte cultural: “Se no passado as CEBs tinham uma preocupação eminentemente de militância política, hoje as CEBs precisam caminhar no enfrentamento de uma cultura dominante neoliberal, individualista, consumista, em um contexto sócio-político-econômico muito diferente do início das CEBs”, foi frisado durante o Seminário.
Para o bispo de Valença (RJ) e responsável das CEBs do Regional Leste 1 da CNBB (Rio de Janeiro) dom Elias Manning, foi feliz a escolha pelo Conselho Permanente da CNBB das CEBs como tema prioritário da próxima Assembleia, porque o próprio Jesus quis iniciar sua missão formando uma “comunidade de base” com os seus 12 apóstolos. “Nós precisamos valorizar as experiências das comunidades de base, das pequenas comunidades, porque nas grandes paróquias não há conhecimento mútuo entre os fiéis. As pessoas se sentam uma ao lado da outra, mas não se conhecem e, assim, fica difícil viver o Evangelho”.
De acordo com o bispo, ao trazer este tema para a Assembleia, a CNBB retoma a autêntica vivência cristã. “Não é novidade nenhuma de que esta experiência vem desde o tempo de Jesus”. Para ele, a importância deste seminário está no fato de debater a realidade das CEBs e mostrar que elas não acabaram, mas que mudaram seu feitio. “Não é caso de morte, mas uma adaptação para este época, para novas realidades”, afirmou dom Elias.
No segundo dia foram discutidas as perspectivas das CEBs onde se percebe que, antes de qualquer coisa, a “Igreja é comunidade” e que muitas outras experiências estão surgindo no Brasil dando um novo rosto a elas.
O ISER Assessoria pretende dar outros passos após este Seminário: a produção de um relatório deste seminário e a continuação de um programa de pesquisas sobre a presença das CEBs na Igreja do Brasil.
O seminário contou com a presença do bispo de Valença e responsável pelas CEBs no regional Leste 1, dom Elias Manning; do assessor do Setor CEBs da CNBB, professor Sérgio Coutinho; e de mais outras 20 pessoas, entre elas, membros da Ampliada Nacional das CEBs, dos assessores nacionais: professora Tereza Cavalcanti e padre Benedito Ferraro, além de outros assessores que acompanham há muitos anos a caminhada das CEBs no Brasil.
terça-feira, 27 de abril de 2010
1º Seminário de Grupos de Acompanhamento ao Legislativo
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A Rede Fé e Política do Rio de Janeiro promoveu, no dia 21 de março, um Seminário sobre O Controle Social da Gestão Pública e os Grupos de Acompanhamento do Legislativo Municipal. O Encontro teve como objetivo partilhar experiências de Grupos de Acompanhamento de Legislativo e aprofundar a prática de controle da gestão pública através da sociedade.
Os 70 participantes, de diversos municípios do Estado do Rio de Janeiro, avaliaram que o evento realizado no salão da Igreja de Santana foi muito bom. A maioria era de católicos ligados às pastorais sociais, mas havia também pessoas de outras igrejas e religiões, uma vez que são ligados ao Movimento Fé e Política que é ecumênico.
Na conclusão do Seminário foi destacada a necessidade de uma maior aproximação entre os cidadãos e a Câmara de Vereadores, da qual, a maioria apenas houve falar quando estoura algum escândalo. As Igrejas podem ajudar seus fiéis, como cidadãos, a acompanhar melhor o trabalho dos seus representantes na gestão da sua cidade. Outros temas prioritários são a ética, a transparência da gestão pública e a Reforma Política, como defendida recentemente pela CNBB. Para contatos: mfp@iserassessoria.org.br
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A Rede Fé e Política do Rio de Janeiro promoveu, no dia 21 de março, um Seminário sobre O Controle Social da Gestão Pública e os Grupos de Acompanhamento do Legislativo Municipal. O Encontro teve como objetivo partilhar experiências de Grupos de Acompanhamento de Legislativo e aprofundar a prática de controle da gestão pública através da sociedade.
Os 70 participantes, de diversos municípios do Estado do Rio de Janeiro, avaliaram que o evento realizado no salão da Igreja de Santana foi muito bom. A maioria era de católicos ligados às pastorais sociais, mas havia também pessoas de outras igrejas e religiões, uma vez que são ligados ao Movimento Fé e Política que é ecumênico.
Na conclusão do Seminário foi destacada a necessidade de uma maior aproximação entre os cidadãos e a Câmara de Vereadores, da qual, a maioria apenas houve falar quando estoura algum escândalo. As Igrejas podem ajudar seus fiéis, como cidadãos, a acompanhar melhor o trabalho dos seus representantes na gestão da sua cidade. Outros temas prioritários são a ética, a transparência da gestão pública e a Reforma Política, como defendida recentemente pela CNBB. Para contatos: mfp@iserassessoria.org.br
sexta-feira, 12 de março de 2010
Rede Fé de Política participa de Ato público pela aprovação do Projeto Ficha Limpa
A Rede de Fé e Política participou ontem, 11 de março, no Rio de Janeiro (RJ), de ato público em apoio ao projeto “Ficha Limpa”, que pretende impedir a candidatura de políticos com pendências com a justiça, alterando a lei de inelegibilidade.
Os participantes cobraram pressa na aprovação do Projeto, que deverá ser entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, no dia 17 de março, para ser encaminhado à votação logo depois da Páscoa.
O objetivo do ato é manter viva a mobilização em torno do projeto, que já arrecadou 1,6 milhão de assinaturas a favor da aprovação.
A necessidade e a importância do apoio da sociedade ao projeto “Ficha Limpa” foram bastante reafirmadas no encontro. Dom Orani falou sobre o papel do Rio e da Igreja nesse trabalho. “O Rio de Janeiro tem uma visibilidade nacional para chamar a atenção de todo o Brasil para não deixar morrer essa ideia e continuar acompanhando o que está acontecendo [...] e eu creio que o grande papel da Igreja é tentar encontrar maneiras éticas de ajudar o Brasil a ser cada vez melhor”, disse o arcebispo.
Os deputados Chico Alencar e Antônio Carlos Biscaia lembraram que o “Ficha Limpa” caminha com o mesmo propósito da Campanha da Fraternidade 2010. Segundo eles, um homem público não tem como servir a dois poderes: a Deus e ao dinheiro. “Essa legitimação permanente dos representantes serve para combater algo que a Campanha da Fraternidade lembra com as palavras de Mateus: ‘Não se pode servir a Deus e ao dinheiro’. Na política institucional, o deus do dinheiro predomina”, lembrou Chico Alencar.
Participaram do evento o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta; a diretora executiva do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita José Rosa, o relator do grupo de trabalho do projeto “Ficha Limpa”, deputado Índio da Costa, o representante da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) do Regional Leste 1 da CNBB (Rio de Janeiro), Marcelo Lavennère, e os deputados Chico Alencar e Antônio Carlos Biscaia, que subescreveram o projeto.
A Rede Fé e Política esteve representada por Érika Glória Rocha dos Santos, Maura Pereira de Sousa, Norma Serra, Névio Fiorin e o vereador Reimont.
[fotos e parte da notícia do site da CNBB, 12 de Março de 2010]
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